O que é ectrópio e como tratar?

Normalmente, as pálpebras têm firmeza ao se fechar, protegendo os olhos e evitando a evaporação das lágrimas. Porém, quando ocorre um problema chamado de ectrópio, as pálpebras não se fecham corretamente, provocando reações diversas.

Você já ouviu falar nessa condição? Então, continue a leitura do post. Nas próximas linhas, abordaremos todos os tópicos referentes a essa condição.

O que é ectrópio?
Trata-se de uma disfunção nas estruturas oculares, fazendo com que uma das pálpebras, ao fechar, se vire para dentro. Em consequência disso, os cílios encostam no globo ocular, causando úlceras e cicatrizes na córnea.

Embora possa acometer a qualquer pessoa, o ectrópio é mais comum em idosos, em razão do relaxamento natural dos tecidos, em indivíduos com alterações oculares, causadas por infecção ou lesão, e em portadores de blefarospasmo ou paralisia de Bell.

Quais são os sintomas?
Em consequência da irritação causada nos olhos, podem ocorrer diferentes tipos de sintomas, como por exemplo, sensação de corpo estranho, ressecamento da mucosa, vermelhidão, queimação, lacrimejamento excessivo, conjuntivite crônica, sensibilidade à luz, dor nos olhos e visão embaçada.

Como é causado?
O ectrópio pode ter causa congênita ou adquirida. O tipo congênito é raro e está relacionado com a presença de outras malformações congênitas. Já o adquirido, pode ocorrer por diferentes razões, sendo classificado em involucional ou senil, cicatricial, congênito e paralítico. Vamos a eles:

  • involucional ou senil: é o tipo mais comum de ectrópio e surge em pessoas predispostas e com mais de 60 anos, em razão da flacidez dos tecidos que sustentam as pálpebras. Com o tempo, tende a envolver toda a região, causando irritação crônica;
  • cicatricial: surge em função de uma cicatriz causada por cirurgia, trauma, queimadura ou doenças de pele, fazendo com que o tecido se retraia;
  • paralítico: está associado ao espasmos musculares ou a paralisia facial que atrapalham o fechamento dos olhos quando combinada com a flacidez das pálpebras;
  • congênito: quando há um desenvolvimento irregular da pálpebra desde o nascimento;

Conheça as alternativas de tratamento
O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico preciso do problema. Nesses casos, a melhor alternativa é a cirurgia de correção, pois proporciona excelentes resultados funcionais e estéticos, conferindo a lubrificação adequada da córnea.

No caso do ectrópio senil ou involucional, é realizado um encurtamento da pálpebra inferior através de um corte no canto lateral. Para os outros tipos, a cirurgia consiste na abertura de um ponto lacrimal ocluído pela exposição, remoção de bolsas de gordura e enxerto de pele.

Geralmente, o pós-operatório é indolor, exigindo apenas repouso absoluto do paciente, aplicação de compressas frias para aliviar o inchaço, fazer a limpeza das pálpebras com soro fisiológico, evitar o contato dos olhos com o travesseiro ao dormir e não deixar cair água sobre a região operada durante o banho.

Enfim, isso é tudo o que você precisa saber sobre o ectrópio. Então, caso esteja sofrendo com essa condição, busque assistência médica para que o seu quadro seja avaliado e tratado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oftalmologista em São Paulo!

Dra Erika Uchida

Médica Oculoplasta

Arte, beleza, bem-estar… vejo arte em cada cirurgia que faço.
E o briho nos olhos dos meus pacientes é a minha maior inspiração!

Erika Uchida

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