Como é o pós-operatório da cirurgia de ptose?

Geralmente, a ocorrência de alguma anomalia nos olhos traz prejuízos físicos e psicológicos para nós, principalmente porque afeta a nossa autoestima. A ptose palpebral se enquadra nessas disfunções que interferem na aparência.

Porém, com a evolução da medicina esse problema pode ser facilmente corrigido. Quer saber como? Então, continue a leitura deste post.

O que é ptose?
Trata-se do caimento da pálpebra de modo que cubra o olho, atrapalhando a visão do indivíduo. Além de ser um transtorno estético, a pálpebra caída, como é conhecida, pode afetar a visão e diminuir a acuidade visual.

Ainda, a ptose palpebral pode ser causada por diferentes fatores, sendo classificada das seguintes maneiras:

congênita: quando há a má formação dos músculos das pálpebras no nascimento em razão de uma distrofia;
involucional: é o tipo mais comum e ocorre em decorrência de doenças ou lesões que provoquem o alongamento do tendão do músculo elevador;
miogênicas: tem origem em doenças raras como a miopatia mitocondrial, miastenia gravis e distrofia miotônica;
neurogênica: quando surge após um dano neurológico causado por trauma, cirurgia ou por um AVC;
mecânica: surge em função de um tumor palpebral, deixando a pálpebra pesada.

Quando a cirurgia é indicada?
Geralmente, a indicação cirúrgica para correção da ptose dependerá da gravidade do quadro, da idade do paciente e da força do músculos elevador da pálpebra superior. Este procedimento também costuma ser recomendado apenas para pessoas com mais de 30 anos de idade.

Além disso, a técnica da cirurgia irá variar de acordo com tipo do problema. Os principais métodos são: avançamento da aponeurose, suspensão ao frontal e conjuntivomullerectomia.

No caso do avançamento da aponeurose, o cirurgião realiza incisões ao longo das pregas naturais da pálpebra superior. Em seguida, faz o encurtamento do músculo elevador e sutura a pele no local da dobra palpebral, sem deixar cicatrizes.

Já a técnica de suspensão ao frontal consiste em corrigir a posição da pálpebra por meio da ação do músculo frontal, localizado na testa. Este é o nome genérico para todas as outras técnicas de correção da ptose palpebral.

Por último, a conjuntivomullerectomia é o método de encurtamento do músculo de Müller pela via conjuntival. Esta cirurgia só é indicada para casos específicos e também não deixa cicatrizes.

Como é o pós-operatório?
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, o paciente receberá orientações que precisam ser seguidas tanto no pré-operatório quanto no pós-operatório. Por isso, grande parte do percentual de sucesso de uma cirurgia depende do comprometimento do paciente.

Ainda, o pós-operatório da cirurgia de correção palpebral costuma ser tranquilo e sem dor, mas quando surgem são pequenos surtos que podem ser resolvidos com analgésicos.

Após a alta hospitalar, o paciente precisa fazer compressas frias sobre as pálpebras a cada 30 minutos durante os três primeiros dias. O objetivo é reduzir o inchaço na região dos olhos e proporcionar maior conforto ao indivíduo.

Apesar de não ser comum, se houver sangramento é necessário fazer compressas com gelo. Se persistir, o profissional de saúde deve ser procurado.

Além disso, o paciente precisa permanecer em repouso nas primeiras 48 horas após a cirurgia. Não há necessidade de mudar a alimentação neste período. Porém, as atividades físicas são suspensas no primeiro mês. Ademais, o indivíduo deve seguir as seguintes recomendações:

  • Ao dormir, evitar o contato das pálpebras com o travesseiro;
  • Durante o banho deve proteger a região operada da água que escorre do cabelo;
  • Utilizar pomada oftalmológica duas vezes por dia;
  • Limpar as pálpebras com soro fisiológico;
  • Aguardar de sete a dez dias para retomar as atividades profissionais.

 

No primeiro mês, proteger os olhos do contato com a luz solar por meio do uso de óculos e chapéu.
Ao seguir estas orientações médicas, as complicações cirúrgicas são evitadas, como por exemplo, sangramento e dificuldade para fechar os olhos. Outros sintomas temporários são inchaço e hematomas nas pálpebras.

Pronto! Agora você já sabe o que é a ptose palpebral, conhece as indicações e os tipos de cirurgias, além de saber todos os cuidados necessários no pós-operatório.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oftalmologista em São Paulo!

Dra Erika Uchida

Médica Oculoplasta

Arte, beleza, bem-estar… vejo arte em cada cirurgia que faço.
E o briho nos olhos dos meus pacientes é a minha maior inspiração!

Erika Uchida

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