A paralisa de Bell, também conhecida como paralisia facial periférica, é uma condição que se instala repentinamente na pessoa. A inatividade dos músculos de um dos lados do rosto, assim como o enfraquecimento da região, são suas principais características.
O nome dessa condição é uma homenagem a Charles Bell, médico e cirurgião escocês, que a descreveu pela primeira vez. A seguir, você vai conhecer mais sobre ela. Confira!
Principais sintomas da paralisia de Bell
Os sintomas tendem a surgir entre uma e duas semanas depois de uma infecção ocular, no ouvido ou de um resfriado. Como apontamos, os sinais aparecem de forma abrupta, sendo possível percebê-los quando você vai beber ou se alimentar.
Alguns dos sintomas mais recorrentes da paralisia de Bell são:
- incapacidade de fechar o olho do lado afetado;
- dificuldade para ingerir líquidos e alimentos sólidos;
- fraqueza na face;
- comprometimento das expressões faciais, como franzir a testa e sorrir;
- contrações na musculatura do rosto;
- olhos e boca secos;
- dores de cabeça;
- irritação no lado afetado;
- maior sensibilidade ao som;
- babar.
Caso você apresente alguns dos sintomas apontados acima, procure o médico quanto antes para uma avaliação mais completa. Lembre-se de que o autodiagnóstico nunca é uma opção, especialmente, porque a paralisia de Bell pode apresentar sintomas muito parecidos com outras doenças graves, como tumor cerebral e derrame.
Quais são as causas?
A causa base da paralisia de Bell ainda é um mistério para a medicina. Entretanto, estudos médicos têm sugerido que sua ocorrência pode estar relacionada com inflamações envolvendo o sistema imunológico que atuam contra o controle dos nervos faciais.
Em algumas situações a condição pode estar relacionada com:
- síndrome de Guillain-Barré;
- doença de Lyme;
- ferimentos;
- toxinas;
- pressão alta;
- diabetes;
- sarcoidose;
- miastenia grave;
- esclerose múltipla;
- infecção, especialmente em decorrência do vírus da Herpes.
Como é feito o tratamento?
As ações para o tratamento da paralisia facial periférica podem envolver medicamentos, fonoaudiologia e fisioterapia. Vale observar que não existe um padrão a ser seguido, até porque é preciso considerar caso a caso e avaliar a extensão do dano apresentado pelo nervo facial — idade e condições clínicas do paciente também são levados em conta.
Em casa, a pessoa afetada por esse problema também pode se cuidar:
colocar uma toalha úmida e quente sobre o rosto pode ajudar a aliviar a dor;
usar um tapa-olho para proteger o olho ressecado;
seguir corretamente os exercícios indicados pelo profissional médico para estimular os músculos faciais.
Por outro lado, na extensa maioria dos casos a paralisia de Bell tende a regredir de forma espontânea, ou seja, sem a necessidade de tratamentos. Isso acontece até mesmo em bebês, quando o nervo da face é pressionado durante o parto.
Por fim, a paralisia de Bell pode atingir tanto homens quanto mulheres, independentemente da idade. Mas a maior parte dos casos ocorre após os 40 anos, sendo que raras vezes é verificada na infância.
Portanto, para evitar qualquer problema e ter a possibilidade de iniciar um tratamento eficaz, é fundamental que o especialista seja consultado o quanto antes para uma correta avaliação!
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oftalmologista em São Paulo!